e de constituição da identidade profissional
Por Rafael C. Barbosa, Selma O. Alfonsi e Vera M. N. S. Placco
A presente pesquisa investiga quais são as condições, materiais e imateriais, em que se desenvolve o trabalho docente, buscando contribuir para a compreensão do processo de constituição da profissionalidade docente e da identidade profissional. Utilizou-se a metodologia Técnica Q, que tem como premissa captar por meio da avaliação atribuída a um conjunto de falas, que revelam situações da docência, a subjetividade do professor. Participaram desta pesquisa 25 docentes do Ensino Fundamental II, que atuam na cidade de São Paulo, em instituições públicas e privadas e que possuem entre 5 e 10 anos de docência. Desses 14 atuam na rede pública de ensino (sete homens e sete mulheres), e 11 na rede particular (seis homens e cinco mulheres).
Os referenciais teóricos utilizados foram autores do campo da profissionalidade docente, com aportes da psicologia, da sociologia e da educação, além da teoria das representações sociais, Moscovici e Jodelet. Recorremos ainda à teoria de fundamentos sobre trabalho e identidade, de Dubar e a autores que estudam as questões da formação docente em relação à constituição da identidade docente. Assim, ao articular a teoria das representações sociais às proposições teóricas de Claude Dubar e outros, esperamos contribuir para a compreensão e articulação dos conceitos propostos na formação identitária profissional de professores.
As análises indicaram duas categorias, a saber: Significado da Profissão Docente e Profissionalidade Docente. Neste estudo, daremos destaque à categoria Profissionalidade Docente. Os resultados preliminares indicam que, não obstante às representações sociais que insistem em desqualificar o professor, este ainda acredita ser coparticipante das aprendizagens de seus alunos e também um agente de mudanças, apesar das dificuldades enfrentadas.
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